Pedro Paulo Lima
Moderador
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Hoje sim, hoje sim...hoje não!!!
A frase, em ordem inversa, ficou famosa na transmissão da F1, quando o narrador não achava que daquela vez Rubinho fosse ceder às ordem da Ferrari para facilitar ao companheiro de equipe. No nosso caso, se aplica a mais uma disputa de pênaltis.
Ultimamente decisão por penais envolvendo o Botafogo é sinônimo de derrota e eliminação. Em anos anteriores até que o time tinha bom rendimento (lembro-me da Conmebol/93, Tereza Herrera/96, Copa do Brasil/99 (duas vezes) e Taça Rio de 2007, para citar alguns). Mas ultimamente está difícil acertar as penalidades (três vezes contra o Flamengo, uma contra o Corinthians - Copa do Brasil/08 - contra o Americano, também pela Copa do Brasil, e uma contra o próprio Fluminense, na Copa Sul-Americana). Quem se lembrar de outra, pode falar.
Mas tivemos um jogo antes disso. E foi um jogo bem fraco. Só não foi chato porque valia uma vaga para a decisão da Taça GB. Depois de quatro vitórias sobre o Flu, em decisões similares, sem precisar de pênaltis, dessa vez houve empate e o regulamento manda que se decida a vaga na marca da cal, ou seja, uma disputa fora da partida.
No jogo em si, o Botafogo jogou mal, sem levar nenhum perigo ao goleiro tricolor. Mas mesmo assim saiu na frente, já pelos 30 do segundo tempo (gol de Elkeson). A torcida alvinegra (em maior número) estava dando um show de incentivo nas arquibancadas, principalmente ao fazer o time superar a tendenciosa arbitragem, que via faltas e escanteios aonde não havia, sempre contra o Botafogo. O grito de revolta e incentivo fez o árbitro reconhecer que estava "viajando" e resolveu apitar imparcialmente. Tanto que não deu um pênalti para o Fluminense, mas, em contrapartida, viu uma falta inexistente, que gerou o gol do Flu. Neste lance o atleta tricolor só ficou em condições porque um jogador do Fluminense impediu que Márcio Azevedo saisse com a zaga, fazendo-lhe obstrução e propiciando a condição legal de Leandro Eusébio.
Porém, ao sair o primeiro gol, alvinegro, o torcedor do Bota passou a hostilizar o adversário e cantar vitória antes da hora, quande deveria continuar incentivando para o time seguir no ataque. Resultado: atraiu o adversário, que empatou e levou a decisão para os pênaltis.
Sobre isso, um capítulo à parte. O Botafogo ganhou a chance de ter as cobranças perto de sua torcida, o que poderia servir de pressão sobre o adversário. E ficou em vantagem com a cobrança perdida por Jean. Aí todos pensaram: hoje sim, hoje sim... hoje não! Lucas reequilibou a disputa e Loco Abreu, logo ele, teria que marcar para prosseguir com as cobranças alternadas. Moral da história: erro de Abreu e mais uma vez a galera alvinegra sai cabisbaixa do Engenhão, pois ainda não será desta vez que seu time decidirá um título no seu moderno estádio. Menos mal que a final do turno será entre Vasco e Fluminense. Se Deus quiser, um deles será nosso adversário na finalíssima do Cariocão, em maio. Aí poderemos dizer: hoje sim, hoje sim... hoje sim!!!
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